segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Guerra Virtual: como se prevenir de ataques?

Brasil é um dos países mais suscetíveis a eles

05/08/2011 20:13h

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Nas últimas semanas tem ocorrido ataques de grupos de hackers e crackers em diversas partes do mundo. No Brasil, centenas de sites públicos e privados sofreram algum tipo de invasão, assim como e-mails pessoais de autoridades políticas e empresariais. No segundo trimestre do ano as notificações de ataques na Internet brasileira aumentaram 40% em comparação com o primeiro trimestre de 2011.

Autoridades brasileiras e internacionais estão criando comitês de segurança e planos estratégicos de defesa contra essa guerra virtual. Uma vez que todos os serviços e sistemas de segurança são hoje baseados na plataforma web, uma onda de ataques dessa natureza pode desencadear consequências gravíssimas.
Pouco se sabe, mas o Brasil é um dos países onde há maior risco de ataques cibernéticos. “Em nossos laboratórios de pesquisa conseguimos mapear as regiões do mundo onde mais ocorrem ataques cibernéticos. E o Brasil é hoje não apenas um dos principais alvos, mas também um grande pólo gerador de ataques cibernéticos. Acredito que um dos fatores para essa maior vulnerabilidade é o crescente acesso à Internet por parte da população, graças à expansão do mercado de computadores, smartphones e, mais recentemente, tablets. Quanto mais pessoas estiverem conectadas, maior será o risco, especialmente quando ainda não há uma consciência por parte da população quanto à importância de se proteger contra esse tipo de ameaça invisível”, explica Ascold Szymanskyj, vice-presidente da F-Secure para a América Latina.
Ascold Szymanskyj, vice-presidente da F-Secure para a América Latina
Ascold Szymanskyj, vice-presidente da F-Secure para a América Latina
Segundo ele, para diminuírem os ataques é fundamental em primeiro lugar rever a política de segurança das empresas, sejam públicas ou privadas. “É preciso um combate rigoroso a esses criminosos, inclusive no que diz respeito às leis de combate aos crimes eletrônicos, que devem ser revistas e atualizadas. É necessária uma cooperação internacional para rastrear e frear esse tipo de prática ilegal”. Um ataque a uma caixa de e-mails de alguma autoridade pode gerar sérios prejuízos à administração de uma cidade, estado ou país. Szymanskyj enfatiza: “Imagine que o criminoso pode enviar e-mails em nome da autoridade, modifica ou apagar arquivos, instalar aplicativos maliciosos que podem danificar e roubar documentos importantes de determinado órgão público. É um tipo de prejuízo incalculável, sem contar a sensação de insegurança para a população que um episódio como este acarreta”.

E quanto aos nossos computadores de casa?
Outro ponto a ser ressaltado é que os usuários domésticos de PCs, smartphones e tablets também estão vulneráveis a esse tipo de crime. No Brasil, a maioria das pessoas ainda não possui um software de segurança adequado e não faz backup dos seus dados, especialmente nos smartphones. Existe a falsa impressão de que o risco maior está no desktop ou no notebook, mas a partir do momento em que o dispositivo está conectado à Internet, seja wi-fi ou via banda larga móvel, ele já está sujeito ao ataque de hackers e crackers.

“Estes são os dois tipos de modalidades de criminosos cibernéticos. Podemos comparar os hackers aos pichadores, pois eles entram nas máquinas, em sites ou servidores, e deixam a sua marca. Já os crackers tem como objetivo fazer uma varredura em informações que podem ter algum tipo de valor comercial, como números de contas e senhas bancárias, número de cartões de crédito, dados de cadastro de usuários, informações comerciais importantes etc. Há muitas formas de se receber um vírus em um computador ou dispositivo móvel, podendo ser desde um link recebido via mensagem pelo celular até um e-mail aparentemente inofensivo, que remete à instalação automática de um aplicativo malicioso. Ou ainda por meio das redes sociais, as quais tem sido uma forma muito comum de propagação de vírus”, exalta o vice-presidente.

Ele expõe que para se proteger, em primeiro lugar é fundamental possuir um software de segurança associado ao dispositivo e mantê-lo sempre atualizado. “Além disso, é importante tomar outras precauções, como evitar abrir e-mails e links de desconhecidos. Se desconfiar, não abra. Nas redes sociais, use todos os filtros de proteção que elas oferecem e evite expor-se desnecessariamente, sem critérios. É importante lembrar que não apenas seus amigos podem visualizar os seus posts, logo não há controle sobre quem vai acessar àquela informação”.

Para quem quiser conhecer mais sobre como “defender-se”, a F-Secure trabalha em parceria com as operadoras de telecomunicações, provedores de serviços de Internet e distribuidores para levar ao consumidor soluções de proteção para PCs, smartphones e tablets. “Isso inclui antivírus, antispam, antispyware, firewall, solução antirroubo para smartphones, backup online, entre outros serviços de proteção. Uma de nossas soluções, a F-Secure Internet Security 2011, foi eleita o produto do ano na categoria ‘Segurança na Internet’, pela AV-Comparatives, uma das maiores organizações de testes independente do mundo”, finaliza Ascold.

 

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